Ferrari .

O arranque de Mundial para a Ferrari foi no mínimo sofrível, com muitos problemas nos motores, acrescentando-se ainda os da Sauber, que também é equipada pela marca transalpina.

A equipa do "cavalinho rampante" procurou resolver o quanto antes a razão que tem deixado o F10 longe das vitórias. Ao que tudo indica, os problemas que afetam a escuderia devem-se à válvula pneumática dos propulsores, que obrigaram a quatro mudanças de motor em outros tantos GP. Segundo a publicação germânica "Auto motor und sport", o sistema de válvulas pneumáticas deixa libertar demasiado ar em corrida, o que provoca sobreaquecimento nos propulsores.

A unidade de potência V8 integrada no F10 não é nova para a Ferrari, mas o seu funcionamento foi alterado devido às regras para 2010. No ano passado, o depósito de ar enchia-se em paralelo com o abastecimento de combustível, situação que em 2010 já não sucede. Isto porque, abolidas as paragens para reabastecer, o carro não tem tempo para readquirir o ar necessário.

Devido a estes problemas, a fábrica de Maranello está a cogitar pedir à FIA que seja permitida uma modificação no motor, de modo a melhorar a resistência dos componentes, e, por consequência, a sua fiabilidade.

A Ferrari foi multada este sábado pelos comissários desportivos em 20 mil dólares (15,675 mil euros) ao deixar Fernando Alonso regressar à pista de forma pouco segura, durante os treinos de qualificação do Grande Prémio de Espanha, em Fórmula 1.

Na terceira e última fase da qualificação no circuito de Montmeló, o monolugar do piloto espanhol da Ferrari ia colidindo com o Mercedes do alemão Nico Rosberg, na zona das boxes, depois de os responsáveis da marca italiana darem ordem de saída a Alonso.

No final da sessão de qualificação, que deu a "pole position" ao australiano Mark Webber, da Red Bull, o diretor da prova enviou o relatório do incidente aos comissários desportivos que, ouvidas as partes envolvidas, determinaram a aplicação da multa à "escuderia" italiana.

A Ferrari cumpre domingo, no Grande Prémio da Turquia, a sua corrida 800 de Fórmula 1 e vai celebrar a data com um logótipo especial, pintados nos monolugares de Fernando Alonso e Felipe Massa.

A escuderia italiana é a mais antiga do da Fórmula 1, modalidade que este cumpre o seu 60.º aniversário.

A Ferrari é ainda a equipa com maior número de títulos de pilotos, 15, e de construtores, 16.

Os registos históricos indicam ainda que conseguiu 211 vitórias em Grandes Prémios, os seus pilotos conseguiram um total de 632 lugares de pódio, fizeram 203 "pole-positions" e 221 voltas mais rápidas.

A Ferrari estreará no GP da Turquia, no próximo fim-de-semana, uma nova forma de acionamento do sistema F-Duct, o qual, até ao GP de Espanha, obrigava o piloto a usar uma das mãos, enquanto o volante ficava pouco seguro durante parte das retas, pois a outra mão tinha de se dedicar ao manuseamento do repartidor de travagem.

Agora, Fernando Alonso e Felipe Massa passam a accionar o dispositivo com o joelho, à semelhança do que sucede com os pilotos da MacLaren-Mercedes.

A Ferrari prepara outras alterações no F10 e a próxima novidade deverá ser introduzida no Canadá, inspirada na observação de outro carro, o da Red Bull.

O F10 vão aparecer em Montreal com escapes perto do solo, algo que melhora também a gestão da carga aerodinâmica.

A Ferrari anunciou esta quarta-feira ter contratado o miúdo canadiano Lance Stroll, de apenas 11 anos, que assim passa a ser o mais jovem piloto da mítica "Scuderia" italiana.

Segundo o diretor da Ferrari, Luca Baldisserri, o jovem piloto já demonstrou um grande potencial nas corridas de karting. "Estamos muito felizes em receber Lance no nosso grupo", afirmou o dirigente.

Para já, Stroll continuará a correr no Canadá, mas brevemente fará uma primeira visita a Maranello, que é o quartel-general da Ferrari.

No final de 2009, a Ferrari lançou um programa específico destinado ao desenvolvimento de jovens pilotos.