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Depois dos festejos, Frederico Gil surgiu na sala de imprensa sereno, mas sem conseguir esconder a sua alegria. O primeiro português a disputar a final de um torneio ATP considera que este sábado é já um dia "histórico". "Acho que mais uma vez estou de parabéns, não só eu como toda a equipa técnica e a minha família, pois todos criaram as condições para que pudesse dar o meu melhor dentro do campo. Foi um dia mais uma vez histórico", referiu.

O jogador relatou, depois, parte das emoções que viveu durante a partida. "Acreditei até ao fim, mesmo depois de ter perdido o segundo set. Desperdicei dois match-points no meu serviço, talvez fruto de alguma ansiedade. O Garcia Lopez joga a um nível muito alto... Mas depois voltei a concentrar-me e continuei a seguir o meu rumo, colocando em campo a tática que inicialmente tinha traçado para este encontro", salientou.

Agora, há que recuperar para domingo estar nas melhores condições. "Fisicamente estou bem. Foi uma semana muito exigente. O jogo de ontem com o Rui foi duro e longo, mas recuperei bem e hoje vou tentar fazer o mesmo. Vou ter menos tempo para o fazer, uma vez que o encontro de amanhã é às 15 horas, mas espero estar em boa forma."

Sobre o facto de regressar ao Central, Gil afiançou conhecer bem o campo, mas admitiu que gostou de jogar esta meia-final no Centralito. "O campo vai ser o mesmo, conheço-o bem, pois já lá disputei 3 encontros esta semana. Jogar no Centralito foi diferente, senti o público muito perto de mim e o campo parecia ser mais pequeno. Mas vai ser uma sensação única disputar a final do Estoril Open, era um sonho que tinha e estou feliz por conseguir realizá-lo. Espero que esteja bom tempo e que as pessoas venham apoiar-me."

No que diz respeito ao adversário, o tenista de Sintra não está à espçera de facilidades. "O Montanes é um jogador muito duro, com mais experiência do que eu. Está há uns 10 anos no top-50; eu ando a disputar torneios ATP há apenas dois. Mas conheço-o relativamente bem; defontei-o no ano passado em Casablanca e o resultado até foi equilibrado (4-6 e 6-7). Tive algumas hipóteses."

Nesta final Gil poderia ter defrontado o número 1 do caso, caso o suíço não tivesse sido eliminado nas meias-finais... "Era mais especial defrontar Roger Federer, mas estou contente porque consegui chegar à final. Não vai ser fácil porque nunca estive numa final ATP, mas estou em casa e conheço bem aquele campo."

A chegada à final do Estoril Open possibilitou a Frederico Gil subir 31 posições no ‘ranking’ do circuito ATP, ultrapassando Rui Machado e passando a ocupar a 102º posto.

O salto na classificação estabelece Gil como o tenista português mais bem posicionado, apesar de a prestação de Rui Machado também lhe ter garantindo a subida de alguns lugares, ocupando agora a 108ª posição.

Gastão Elias, Leonardo Tavares, João Sousa e Pedro Sousa também subiram no algumas posições no ‘ranking’ ainda encabeçado por Roger Federer, apesar de, pela terceira vez consecutiva, o suíço não ter conseguido a qualificação para uma final.

‘Ranking’:
1. (0) Roger Federer (SUI) 10.430 pontos
2. (0) Novak Djokovic (SRV) 6.765
3. (0) Rafael Nadal (ESP) 6.480
4. (0) Andy Murray (GBR) 5.565
5. (0) Juan Martin Del Potro (ARG) 5.545
6. (0) Nikolay Davydenko (RUS) 5.235
7. (0) Robin Soderling (SUE) 4.805
8. (0) Andy Roddick (EUA) 4.780
9. (0) Fernando Verdasco (ESP) 3.735
10. (0) Jo-Wilfried Tsonga (FRA) 3.220
...
102. (+31) Frederico Gil (POR), 523
108. (+6) Rui Machado (POR), 482
224. (+22) Leonardo Tavares (POR) 205
376. (+1) João Sousa (POR) 95
388. (+17) Pedro Sousa (POR) 92
696. (+67) Gastão Elias (POR) 24