Carlos Clowneiroz

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Carlos Queiroz pediu a Luís Filipe Vieira para o ajudar na "batalha jurídica" que vai travar com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no âmbito do processo disciplinar que lhe foi instaurado, por ter insultado o director da Autoridade Antidopagem (ADoP), Luís Horta.

Segundo soube o CM, Vieira e Queiroz almoçaram na semana passada e ambos falaram da "desconfiança" mútua em relação a Luís Horta e Laurentino Dias, secretário de Estado do Desporto, que considerou existirem "factos graves" no relatório do Instituto Nacional do Desporto, que foi entregue na FPF sobre o que se passou na Covilhã. De acordo com as fontes contactadas, o líder do Benfica lembrou a Queiroz o caso de Nuno Assis, em que o jogador do Benfica (2005) foi suspenso (um ano) por doping, embora sempre tenha reclamado a sua inocência. Segundo Vieira, Horta, com a anuência de Laurentino, manteve o castigo, que "as amostras recolhidas não sustentavam".

Na conversa, em que também esteve presente João Gabriel, director de comunicação do clube da Luz, Vieira aproveitou para dizer ao seleccionador que devia ter levado mais jogadores do Benfica ao Mundial da África do Sul, casos de Quim e Carlos Martins.

Ainda de acordo com as mesmas fontes, para o líder do Benfica o processo instaurado a Queiroz padece dos "mesmos vícios e das mesmas intenções do que foi movido ao Benfica em 2005". Lembrou, também, que o clube chegou a pedir uma auditoria ao organismo dirigido por Horta, mas que os resultados nunca foram conhecidos.

Vieira manifestou também compreensão pela atitude do seleccionador na Covilhã e que motivou o processo na FPF, frisando ser incompreensível um controlo realizado tão cedo, tendo em conta que em causa estavam atletas de alta competição. Já João Gabriel observou que o processo onde está envolvido Queiroz "ultrapassou há muito tempo os limites desportivos e que estaríamos perante um processo de contornos claramente políticos, feito com objectivo e final definido". O técnico, por seu lado, reafirmou a intenção de se queixar à FIFA se for punido.

Queiroz tem de entregar hoje, até à meia-noite, a sua defesa à nota de culpa do CD da FPF, bem como o rol de testemunhas, que devem ser ouvidas amanhã.

O antigo Seleccionador Nacional, Carlos eiroz, afirmou esta segunda-feira que a responsabilidade de orientar Portugal com o Chipre e Noruega foi toda de Agostinho Oliveira, adjunto de eiroz, e que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) nem o deixou aproximar-se dos jogadores.

«Participei com Agostinho Oliveira apenas na primeira convocatória [empate 4-4 com o Chipre], mas a responsabilidade de orientar a equipa foi de Agostinho Oliveira», disse eiroz.

«Nem me deixaram aproximar do hotel», continuou o ex-seleccionador, em entrevista à SIC Notícias. Carlos eiroz reforçou que a situação foi «complexa e pouco propícia» para os jogadores e que influenciou os maus resultados. Depois da igualdade com o Chipre, Portugal perdeu com a Noruega (0-1).

Carlos eiroz será ouvido esta quarta-feira na sede do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), na Suíça, na sequência do castigo de seis meses imposto pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), por perturbar a realização de um controlo anti-doping durante o estágio de Portugal, na Covilhã, a 16 de Maio do ano passado. Castigo esse que foi suspenso pelo TAS.

«A minha contestação assenta em dois princípios: repor a verdade e desmascarar algumas pessoas», reforçou.

O treinador está confiante numa decisão favorável e revelou que tem recebido convites de clubes estrangeiros. «Quero ganhar a paz interior, depois desta tramóia enorme que me foi montada», concluiu o antigo seleccionador.

eiroz

Corrosivo. Carlos Queiroz não gostou de ser visado por Pepe, que ontem acusou o ex-seleccionador nacional de desestabilizar a equipa das quinas, e arrasou o defesa-central luso-brasileiro.

«Pepe parece não ter compreendido que eu sou o único a defender o Liedson e os outros jogadores da Selecção. Pepe parece uma figurinha menor de uma telenovela brasileira baixa. Ainda ele andava de chupeta na boca, a pensar que selecção iria representar, já eu oferecia títulos de campeão do Mundo a Portugal», disparou Queiroz, esta sexta-feira, à chegada a Lisboa.

«Pepe não tem legitimidade para falar por Tiago e Simão. Ele que não se meta na minha vida quando sou pontapeado na minha dignidade, moral a profissional, assim como eu não me meto na vida dele quando pontapeia selvaticamente colegas de profissão na cabeça», atirou.