Paulo Sérgio

Na equipa técnica de Paulo Sérgio, os treinadores adjuntos desempenham funções numa área específica, mas executam-nas de forma integrada, ou seja, procuram funcionar como um todo, subordinando todas as tarefas à coordenação do líder. O trabalho de bastidores é intenso. A cada jogo é feito o levantamento minucioso de dados, que resulta num relatório, e a estatística serve como ferramenta de apoio para análise. O lisboeta, 42 anos, costuma preparar-se para o adversário seguinte com base na observação dos últimos 6 a 8 desafios. Para apresentar as conclusões, são utilizados meios de audiovisual (com recurso a fotografias ou powerpoints).

Paz

Em dia de jogo, aposta-se na concentração. Em Guimarães, Paulo Sérgio não autoriza os atletas a ouvir música. "Isso é para outros momentos. Temos de estar concentrados e despertos", explicava, em entrevista a Record, em novembro. E descrevia o protocolo. "Os jogadores descansam após o almoço. O resumo da semana é feito antes. A conversa surge mais perto da hora do jogo. No aquecimento posso fazer alguma chamada de atenção, em função do onze do adversário, e nos momentos que antecedem a partida aproveito para estimular e incentivar o grupo", admitia. Mostrar recortes de jornais ou imagens de touradas é um dos métodos para "espicaçar" a equipa. Ainda assim, "em cima da hora do jogo", Paulo Sérgio gosta "que haja paz e serenidade".

Espião

Durante o encontro, o adjunto José Herculano senta-se na bancada e fica em contacto com Alberto Cabral, que no banco passa as informações a Paulo Sérgio. O circuito é feito por intercomunicadores, e ao intervalo Herculano desce ao balneário. É ele, igualmente, quem esclarece situações mais polémicas do jogo.

O treinador do Torreense assume-se «satisfeito e orgulhoso» com o interesse do Sporting para integrar a equipa técnica de Paulo Sérgio.

«É sempre positivo fazer parte da lista de treinadores para um clube com a grandeza do Sporting. Fico satisfeito e orgulhoso por o meu nome ser falado, mas sem estar obcecado», disse Paulo Torres na Antena 1.

«Neste momento estou concentrado no Torreense, não deixando de ficar satisfeito por o meu nome ser falado para o Sporting», rematou.

Paulo Torres nasceu para o futebol no Sporting, tendo actuado de “leão ao peito” entre 1988 e 1995.

Ficou a conhecer-se esta sexta-feira o nome de mais um elemento da futura equipa técnica leonina comandada por Paulo Sérgio: o ex-jogador Nuno Valente.

Nuno Valente, de 35 anos, será adjunto do próximo treinador leonino mas não se sentará no banco.

O ex-internacional português vestiu a camisola do Sporting em duas fases (1994/96 e 1997/99, existindo pelo meio um empréstimo dos leões ao Marítimo). Depois jogou na U. Leiria, onde conheceu Mourinho, que o levou para o FC Porto. Por fim, esteve ao serviço do Everton.

Para o técnico do Sporting, o segredo consiste na união: «Mediante as suas capacidades, os jogadores que temos vão ser os melhores do mundo. Se queremos Baresi ou Maldini e não temos, não podemos criticar os que cá temos. Se todos tivermos esta ideia forte vamos estar mais perto das conquistas que ambicionamos».